Preciso de Patches… MUITOS PATCHES!!!

White Raven

Os patches tem a sua génese nas insígnias dos grupos militares, dentro dos vários níveis de organização, desde as pequenas unidades especializadas, até aos batalhões ou mesmo exércitos.

Já na antiguidade, os impérios egípcio, persa ou romano, usavam emblemas e insígnias (símbolos visuais e rapidamente identificáveis) em estandartes e/ou escudos, para identificar as suas forças, mas também para fortalecer o espírito de grupo, granjear reconhecimento, inspirar respeito e como ferramenta de propaganda. Com o passar dos séculos, evoluíram para brasões familiares e bandeiras nacionais, com desenhos meticulosamente detalhados e cheios de simbolismo, que carregam mais do que simples cores e formas, representando histórias de bravura, unidade e tradição. Nos exércitos de Napoleão usavam emblemas, cores e insígnias para simbolizar regimentos específicos, o que também fortalecia o moral. Com as grandes guerras mundiais, e o enorme número de efetivos e nações envolvidas, os patches tornaram-se comuns e variados, sendo hoje uma parte icónica da história e da identidade militar.

Os primeiros patches bordados, colocados no braço, remontam à 1ª Guerra Mundial, e serviram para facilitar o reconhecimento das várias divisões e unidades envolvidas. Porém, foi na 2º Guerra Mundial que o seu uso se popularizou, graças aos pilotos das diversas Forças Aéreas, que criaram desenhos personalizados, utilizados nos icónicos casacos e pintados nos seus aviões, que poderiam representar as suas origens, feitos, conquistas, batalhas travadas, ou o seu sentido de humor!

Após a 2ª Guerra Mundial, já não havia volta a dar… Os patches personalizados tinham chegado e conquistado o coração e as mentes dos militares e dos aficionados do tema. Nos nossos dias, é a norma, cada unidade, regimento ou divisão, ter um patch personalizado, bem como patches comemorativos ou patches de treinos conjuntos, missões ou mesmo individuais. Os elementos que constituem o patch não são aleatórios, quer a cor, a forma e os símbolos, têm um ou mais significados, muitas vezes apenas do conhecimento dos membros do grupo. Por exemplo, águia revela poder e vigilância, espada representa prontidão para o combate, vermelho simboliza coragem, azul lealdade, ancoras estão associadas à água… Depois podemos ter elementos nacionais e regionais (bandeiras, cores, animais, monumentos), ferramentas (quer sejam armas, veículos ou utensílios) e elementos mais abstratos (raios, estrelas, faixas, chamas, parafusos entre muitos outros). Para muitos colecionadores, os patches de unidades são uma forma de recordar a história da sua família, do seu país, especialmente os utilizados em batalha, que podem mesmo tornar-se valiosos ou raros, com o passar dos anos.

Também os patches mudaram com o aparecimento de novas tecnologias, novas formas de fabrico e novos uniformes, passando de linhas toscamente costuradas num pano fixado diretamente no uniforme, para patches de pvc em 3D com velcro, que podem ser trocados rapidamente. Há ainda patches luminescentes, patches reflexivos em lux visível e outros apenas em luz infravermelha, patches com imagens sublimadas… e certamente que, no futuro novas técnicas, permitirão diferentes patches! Mas continuarão sempre a ser símbolos de honra, identidade, humor na adversidade, uma memória das histórias de coragem e sacrifício, um lembrete daqueles que servem agora!

Para o “comum” utilizador, como os airsofters, os patch podem ser uma forma de se destacar entre muitos, expressando a sua individualidade, com sentido de humor; menções a filmes ou series de culto; prestando homenagem a forças militares; identificando a sua equipa ou grupo e/ou o seu nome e outros dados de identificação. Para mim, são um exercício de criatividade, uma coleção, uma paixão… e para ti?

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White Raven An airsofter from the Algarve and founder of the Elite Lynx team and the Lynx Club, also designs and sells PVC patches. Between games and training, he still finds time to share his passion for airsoft through articles and videos.

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